16 de setembro de 2016

Júri condena cantor acusado de matar lutador a 23 anos em Araraquara

Após cerca de 12 horas de julgamento, o cantor Saulo Roberto Daniel da Silva foi condenado nesta quinta-feira (15) a 23 anos de prisão pelo assassinato a tiros do lutador Pedro Rafael Gibelli.O homicídio aconteceu no dia 21 de maio de 2015 em Araraquara (SP).
Por quatro votos a três, o júri condenou o cantor a 20 anos de prisão por homicídio e três anos por porte ilegal de armas. O advogado de defesa, Ariovaldo Moreira, afirmou que vai apresentar um um recurso para tentar diminuir a pena. Procurado pelo G1, o promotor Herivelto de Almeida não foi encontrado para comentar o caso.
Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 21 de maio de 2015, no bairro Santa Angelina. O lutador foi atingido por um disparo no peito em frente à casa onde morava, mas não resistiu e morreu no local. De acordo com a PM, o acusado afirmou que a dupla havia se desentendido dois meses antes em uma cachoeira de Motuca (SP), por causa de um óculos de sol.
A discussão entre os dois homens ocorreu pouco tempo depois de terem se conhecido em um posto de gasolina. Na cachoeira, a dupla teria se desentendido por causa de um par de óculos de sol, o que motivou o lutador a agredir o homem.
Ridicularizado
O suspeito foi preso no dia 8 de agosto de 2015, no Jardim Pinheiros. Sem antecedentes criminais, ele alegou que não sabia que o disparo havia sido fatal até ler sobre o fato em um site de notícias. O músico também afirmou que o homem o teria ridicularizado momentos antes do crime.
O suspeito afirmou que Gibelli passou a enviar mensagens provocativas nos dias seguintes, o que fez com que ele planejasse o homicídio. O músico foi detido na residência onde morava quando estava com a namorada. A jovem também prestou depoimento e afirmou que tinha conhecimento do crime, assim como a família do suspeito.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito afirmou ter pago R$ 300 pela arma do crime, encontrada escondida em um escritório de advocacia na Vila Velosa.
Investigações
Segundo o delegado Elton Hugo Negrini, a polícia conseguiu chegar até o suspeito após relatos de testemunhas, que informaram sobre o envolvimento da vítima na briga. Dias após o crime, o homem fugiu para Campinas, mas depois retornou para  Araraquara.
Um rapaz de 27 anos foi indiciado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e exercício ilegal da profissão de advogado, sem direito ao pagamento de fiança. Um cartão de visita com a marca da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), distribuído pelo falso advogado, também foi apreendido pelos investigadores. Meses após a prisão, o rapaz adoeceu e morreu.
O acusado vai cumprir pena em regime fechado na Penitenciária de Araraquara, unidade que já está há mais de um ano.(G1)







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