27 de janeiro de 2016

Pais de menina encontrada morta negam autoria do crime mais permanecem presos em Rolândia


Pais da menina de 4 anos encontrada morta em um terreno baldio de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) no início do mês, Edson Aparecido Bergamaski, de 30 anos, e Thaís Dayane Cavalcante, de 23, foram apresentados pela Polícia Civil de Rolândia, nesta quarta-feira (27), como os principais suspeitos da morte da criança. 

De acordo com o delegado-chefe da cidade, Walter Helmut Junior, há diversos fatos e indícios que confirmam a autoria do crime, mas o casal segue negando as acusações. "A história deles não fecha desde o começo. As versões apresentadas pelo pai e pela mãe vêm se desgastando desde as prisões, no interior de São Paulo, e a situação permanece a mesma aqui em Rolândia", afirmou em coletiva realizada nesta tarde. Os pais alegam que a filha morreu após tomar um remédio para dores abdominais e cólicas. 

Segundo Helmut, os depoimentos dos dois são divergentes em pontos cruciais. "Por exemplo: ele afirma ter medicado a criança, enquanto a mãe fala que foi ela quem medicou. Thaís diz que não sabia que o corpo da criança havia sido abandonado no terreno, mas o pai garante que a mulher tinha conhecimento dos fatos. Mesmo após a localização do cadáver, eles permaneceram em Rolândia sem procurar nenhuma autoridade policial ou médica. A atitude deles foi contrária ao esperado: fugiram para Cabrália Paulista (SP) e, mesmo lá, desconversavam quando parentes perguntavam pela menina. Diziam que ela estava com um tio ou com a avó", explica o delegado. A mãe foi presa na Delegacia da cidade paulista na última sexta (22), enquanto o pai se apresentou à polícia no início dessa semana, em Bauru (SP). 
Ainda de acordo com Helmut, a versão sobre a morte da menina por causa da administração do medicamento só veio à tona na última segunda-feira (25), em depoimento prestado pela avó. 
Diante das inconsistências das versões, a Polícia Civil decretou a prisão preventiva de ambos. Eles estão em uma cela separada na Delegacia de Rolândia para evitar atrito com outros presos. A polícia aguarda um laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber se a morte da menina foi mesmo provocada pelo remédio ou por outra causa. (Com informações do repórter Rafael Fantin, da Folha de Londrina) 



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