Entre os denunciados estão 15 auditores, contadores, empresários e outras pessoas envolvidas na prática de mais de 70 crimes identificados até agora pelo MP. Nenhum nome possui foro privilegiado.
Em entrevista coletiva, o promotor Cláudio Esteves informou que outros delitos serão investigadores durante "diligências complementares" e que as irregularidades também podem ter ocorrido em outra cidade da região de Londrina, onde um outro núcleo de servidores comandava o esquema. Ele preferiu não confirmar o nome da cidade para não atrapalhar as investigações.
Além disso, o promotor relatou que os responsáveis pelas empresas eram procurados pelos auditores que solicitavam "vantagens indevidas" para que as fiscalizações não fossem realizadas. "Os empresários que não aceitaram o pedido, sofreram autuações milionárias que excedem os valores legais. Ou seja, houve represália do grupo que rateava os valores", afirmou.
Em um dos casos investigados, Esteves revelou que o empresário foi multado em R$ 4 milhões, mas recorreu e o valor da multa caiu para R$ 700 mil. O crime de lavagem de dinheiro, o volume arrecado de propina e o destino dos recursos continuam sendo apurados pelo MP, que pode abrir novos inquéritos no desdobramento da investigação. (Colaborou o repórter Edson Ferreira/Folha de Londrina)
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