15 de agosto de 2012

Mãe de menina queimada pelo padrasto reclama de ameaças

Ela diz que família do marido foragido a ameaça de morte em caso de prisão.
Suspeito queimou a esposa e a enteada com soda cáustica no PR,diz PM.

A mãe da menina de quatro anos que foi agredida com soda cáustica pelo padrasto nesta quarta-feira (15) contou, em entrevista ao G1, que vem sofrendo ameaças da família do marido. “Dizem que, se pegarem ele, eu posso esperar que não vou amanhecer viva”, contou Patrícia Silvério. O homem não havia sido localizado pela polícia até as 16h25.
De acordo com a Polícia Militar (PM) de Paranavaí, no noroeste do Paraná, o padrasto da criança é suspeito de ter jogado o produto no rosto da menina, bem como no abdômen e nas costas de Patrícia. A criança teve queimaduras de segundo grau, e a mulher de primeiro. A mãe contou que o alvo da queimadura era ela, e que o desentendimento começou por conta de um atraso dela quando saiu para comprar leite.
Segundo a mulher, o homem nunca havia a agredido fisicamente, mas os xingamentos eram constantes. Contudo, Patrícia conta que há cerca de um mês seis mulheres bateram nela, entre elas as filhas do marido. “Me agrediram em seis, eu fiquei em observação dois dias, quebrou uma costela minha”, lembra. Ela diz que apenas denunciou o caso porque foi obrigada, já que teve de ser encaminhada ao hospital.
Mesmo tendo afirmado no começo da manhã que faria o possível para que o marido pagasse pelo que fez, o medo das ameaças e do histórico de violência a faz considerar a retirada da queixa. “Eu não sei, eu estava preferindo deixar quieto para preservar a vida dos meus filhos”, lamenta Patrícia, que ficou sozinha em casa com a menina e outros dois filhos menores. “Estou pedindo ajuda de um e de outro, me largou sem nada, sem comida, sem dinheiro”, disse a mulher, que afirma não conhecer mais ninguém na cidade.
Diante das denúncias, Patrícia conta que foi orientada pela polícia a ir até a delegacia e registrar queixas sobre as ameaças, mas o receio a impediu. “É mais por medo, eu nunca tinha denunciado por isso. Eu disse para a polícia que se nem eles estão podendo com esse povo, que sou eu? Sozinha no mundo com três crianças. Eles têm que ver esse lado”, pediu.
A reportagem entrou em contato com a delegacia que investiga o caso, mas não obteve retorno até as 16h55.(fonte G1)

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